Filhos, este diário é para vocês!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O primeiro ultrasson


O primeiro ultrasson a gente nunca esquece. Mesmo sabendo que H. estava grávida, muito grávida, gravidíssima (depois dos enjôos, da fome insolúvel, e principalmente daqueles dois tracinhos rosa*, não havia a menor dúvida), parece que a gente só acredita mesmo quando vê o primeiro ultrasson.

Esperava ver ao menos um feto, um croqui de bebê, algo que ao menos lembrasse a forma de uma pessoinha. Mas quando ela me mandou foto com uma bolinha redonda, com outra bolina dentro que o médico chamou de coração, foi uma alegria imensa. Parecia um ovo mesmo. Do tamanho de um grão de feijão, tamanho do embrião aos 30 e poucos dias de gestação. Nessa hora enchi os olhos dágua e foi difícil conter a emoção.

Em outra consulta o médico colocou o estetoscópio obstétrico e ouvimos o coraçãozinho dele batendo, a 180 batimentos por minuto. Me senti como se estivesse num jogo do meu time, no Mineirão. Só que agora eu estava no centro do campo, calado, ouvido minha torcida. Eu era o jogador, apesar do protagonista mesmo ser aquela minúscula bolinha, o embrião.

Acho que naquele momento o meu coração também bateu a 180 por minutos. E olhar para H. com o sorrizão no rosto e os olhos cheios d`água fez sentir-me como um centro-avante olhando para minha torcida depois de meter um golasso de placa!!

Saímos de lá muito felizes, cheios de planos, dúvidas e alguns medos também. E estávamos acima de tudo radiantes... e assim continuamos até hoje!!

Mas pirei mesmo quando vi, ao vivo, o MEU primeiro ultrasson, no dia 28 de dezembro de 2010. Como se estivesse sabendo que o estávamos olhando, quando a imagem ficou bem nítida, o bebê se esticou e balançou, como num aceno, seus braços e pernas. Parece que queria deixar bem claro para nós que ele estava ali, vivo e se mexendo. Ainda me sinto um bobo quando vejo este filme. Como aquele jogador que depois da partida assiste na TV o golasso de placa que marcou!!




Confirmação e sonhos

Bom, como já contei antes, na semana seguinte ao teste de gravidez de farmácia, no dia 07 de Dezembro de 2010, tive minha primeira consulta com um obstetra.

Seu pai estava viajando e eu achava que o médico pediria exames para que eu fizesse na semana seguinte, com seu pai do meu lado. Mas, não foi bem assim. No consultório tinha Ultrasson e o médico decidiu já fazer o exame, como confirmatório.

Quando aquela bolinha d’água apareceu, já deu uma emoção, um friozinho na barriga, depois apareceu você, um girininho ainda e, por último, seu coraçãozinho batendo...

Aí não aguentei! Chorei, chorei, chorei de ficar com o nariz vermelho. E seu pai nem pôde estar lá para me dar a mão.

Com sua primeira foto na mão, sorrindo até doer as bochechas, tentei ligar para seu pai, mas, como estava em reunião, o celular não atendeu. Liguei então para sua madrinha (ela já estava escolhida, mas isso eu conto depois). Ela ficou muito feliz também. Queria contar pra todo mundo, então, antes de ir para casa, passei na casa da sua tia Gi e do seu tio Gu que fica no meio do caminho da nossa. Era muita felicidade para guardar só para mim. Depois fui para casa, digitalizei sua foto e mandei por e-mail para seu pai. Queria tanto ver a cara que ele ficou!

Conhecer-te, te ver pela primeira vez, foi realmente lindo, mas, o médico não me perguntar o que EU queria, foi revoltante! Se foi assim na primeira consulta, como confiar que ele respeitaria os planos que eu já tinha para NOSSO parto?

Na realidade, já estava pensando em te dar a luz em Santos, com o “tio Arthur”, médico de todas as mulheres da nossa família. Mas, queria ter alguém de confiança em Cuiabá, caso esse plano não desse certo. E queria também ter um pré-natal legal, com um médico legal.

Sempre sonhei com um filho, sonhei tudo desse filho, inclusive como gostaria que ele viesse ao mundo, de maneira natural, pelos meus esforços e não através de cirurgia. De como estaria bem e feliz após seu nascimento e forte o suficiente para te pegar no colo, amamentar, dar o primeiro banho... Após um parto sem drogas, alimentar-te com leite limpo que jorrasse dos meus seios porque completei o ciclo fisiológico do parto. Pensando em tudo isso, peguei a lista de exames que ele pediu e marquei nova consulta, com outro médico. Fiz isso por nós duas!

1°Foto Leãozinho  Sua primeira Foto!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Descoberta

Desde o início de Novembro você já existia, apenas ainda não tínhamos conhecimento do fato!
Do meio do mês em diante, seu pai começou com essa história de: "você está grávida!" Minha resposta era sempre: "você está louco!".
Eu andava com muito sono e bastante fome, uma fome que doía o estômago se eu não comesse. Achei que poderia ser gastrite!
No último dia do mês viajei a trabalho. Na janta, comi quase uma pizza inteira! Na manhã do dia seguinte, o primeiro mal-estar. Pensei: Comi demais! Mas a pulguinha que seu pai deixou na minha orelha, começou a me picar!
Passamos a semana inteira discutindo esse assunto. Mais ainda, quando enjoei de chocolate! Por via das dúvidas marquei um médico para a semana seguinte e comprei um teste de farmácia para fazer no final de semana.
Seu pai viajaria na semana seguinte e não queria que eu fizesse o exame para não ficar ainda mais preocupado. Ele sempre se preocupa comigo quando tem que me deixar sozinha em casa. Agora ficaria preocupado com nós duas!
Mas eu estava que não me aguentava de curiosidade. Acordar com mal estar estava se tornando uma coisa cada vez mais frequente.
No sábado, teríamos um churrasco com os amigos e, desde que começamos a suspeitar, por via das dúvidas, eu não tomava mais nem um golinho de cerveja.
Decidimos saber logo, então. Mas e se desse negativo?? Ficaríamos muito frustrados?? Seria ver pra saber.
Naquela manhã de Sábado, dia 04 de Dezembro de 2010, acordei com uma vontade imensa de fazer xixi. Peguei a caixinha e fui ao banheiro. Seu pai logo veio atrás. Também não se aguentava mais de curiosidade. Já veio falando: "vai dar dois tracinhos!"
A caixinha dizia que o exame podia demorar até 40 segundos, mas em menos de 5 segundos os dois tracinhos já estavam lá! O tracinho do resultado mais forte que
o tracinho do controle!!
E olhando tudo aquilo, dois adultos com caras de bobos, por causa de um pedacinho de papel! Mas quanta coisa boa aquele pedacinho de papel significaria em nossas vidas!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Motivação

Todo sermão de mãe começa igual: "No meu tempo..."


Isto não é um sermão mas, "no meu tempo" as mães iam na papelaria comprar, ou ganhavam dos amigos, um Diário do Bebê, no qual relatavam os fatos mais importantes e guardavam pequenas lembranças, para que o bebê quando crescesse, soubesse um pouquinho do início da sua história.


Minha mãe tem meu diário guardadinho até hoje!


Mas, estamos no século XXI em plena era digital e, talvez, no seu mundo, papel passe a ser coisa do passado.


Além disso, por enquanto moramos um pouquinho (cerca de 1800km) longe do restante da nossa família então, optar por essa versão de Diário, mais moderno, permitirá que seus avós, tios, tias, primos e padrinhos participem um pouco mais desse milagre que aconteceu na vida de seus pais: a sua concepção!


A personagem principal desta história, filha, é você!