Filhos, este diário é para vocês!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

As peripécias da Dona Barriga!

 

São agora aproximadamente 35 semanas de gestação e me tornei praticamente uma barriga ambulante! E, além de cada vez maior, a barriga tem cada vez mais autonomia! Rs! Continuo me sentindo o “avatar” da minha bebê, mas ela que antes parecia apenas uma víscera independente, tomou conta por completo do pedaço e já foi apelidada, pela área que ocupa, de Dona Barriga!

Tem dias que Dona Barriga está pra esquerda e não sai de lá por nada. Tem dias que está pra direita, tem dias que está em cima do muro (ou seria em baixo do umbigo?) e ainda oscila de um lado para o outro.

Dona Barriga é bagunceira e às vezes me faz esticar para que ela possa praticar o seu Yôga lá dentro. Estica, empurra tomando, externamente, os mais variados formatos.

E por falar em Yôga, foi numa aula de Yôga que Dona Barriga se posicionou! Vou explicar: Dia 20/04, com aproximadamente 26 semanas, fiz uma US e Maria Julia estava pélvica, com dorso à esquerda (cabeça pra cima coluna do lado esquerdo da barriga). Fiquei meio preocupada! Mesmo pesquisando e aprendendo que naquela fase a bebê ainda tinha muito espaço para virar, mesmo sabendo que um bebê pode virar até na última semana, me enchi de caraminholas. “E se ela não virar? E se tiver que ser cesárea?” Fiquei com muito medo!

Alguns dias depois, na consulta para apresentar o US, Dona Barriga estava baixa e esparramada, chutes para todos os lados, para cima e para baixo (a artilheira do papai), alguma coisa estava diferente lá dentro, eu sabia! Perguntei para o médico se dava para saber mais ou menos em que posição a bebê estava e ele disse que estava em diagonal, com a cabeça na parte de baixo à esquerda. Fiquei mais tranquila pois ela estava virando.

De lá fui para aula de Yôga. Durante um ásana de torção de coluna, deitada, senti como se fosse uma cambalhota por dentro. Estranhei. Mas Dona Barriga já andava tão agitada que não desconcentrei e continuei a aula. Dona Barriga resolveu parar de colaborar justo na hora do yôganidra (descontração). Só que os chutinhos estavam para cima e as cabeçadas para baixo! Será?? Ai que ansiedade! Mas vai saber quando seria a próxima US??

Mais um mês, mais uma consulta e um novo pedido de US, agora com Dopler!

Dia 27/05, aproximadamente 31 semanas, chegando de uma viagem de trabalho, esperando meu amor chegar também, exame marcado para aquela data! Ai que ansiedade! Chega, entrega cartão, espera na sala de espera, chama, entra, “Boa tarde, Dr.!” -  liga o aparelho e lá está ela! De cabeça para baixo! Ufa! Eu sabia!

De lá pra cá Dona Barriga já fez outra viagem de carro, mais uma Ida e Volta de avião, e outra ida de avião pra SP- Santos, Guarujá (de carro) onde vai ficar até nascer, sempre se comportando muito bem. Mas quando a mamãe quieta, é a vez da Dona Barriga fazer a festa! Saudade do Papai, hora da massagem, bom dia, boa noite, tudo é motivo pra Dona barriga se assanhar! E quando ela se assanha, sacode, mexe e vira. Se agora, nesse espacinho, como Dona Barriga, ela já se agita desse jeito, imagino a bagunça que nós duas vamos aprontar quando a Julia estiver aqui fora!

Filha tô só te esperando pra gente fazer a festa!!!

(Por falar em festa, nesta última sexta-feira, 17/06/2011, foi o chá de bebê Cuiabano da Dona Barriga! A Vovó Lilice levou e preparou vários quitutes minieros e muitos amigos estiveram presentes! Em breve postaremos as fotos! Foi muito bom!!)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quando 1 + 1 = 3

Há pouco tempo, ouvi meus sogros contando a história de como se conheceram e como começaram a namorar. E agora, com o filho mais novo (seu pai) com 29 anos, e os dois vivendo ainda como dois namorados, fiquei com uma vontade de postar alguma coisa para você, minha filha saber, com quanto amor foi feita!

Conheci seu pai, meio que de passada, fomos nos aproximando meio que sem querer nada, nosso primeiro beijo foi uma situação inusitada, nossa paixão foi surgindo de maneira tumultuada, um pouco na hora errada, e mesmo vivendo um amor que não tinha nada de contos de fada, fui ficando cada vez mais apaixonada!

Fomos nos conhecendo melhor e ficava cada vez mais difícil não sentir saudade de nossos momentos juntos, cada vez mais difícil não querer estar do lado dele, abraçando-o, beijando-o ou simplesmente, fazendo um cafuné!

Morei um tempo longe, mas os 600km que nos separavam ficavam pequenos diante da proximidade de nossos corações, e seu pai fazia-os menor ainda, encarando uma longa viagem de trem e uma média de 50 km de bicicleta para deixar nossos olhos na mesma ditância de nossos sonhos, ou seja, nenhuma.
Quando ele se formou, voltei para pertinho dele e fomos morar juntos. Depois, mudamos nossa vida (para melhor) juntos e por um tempo tivemos duas casas distantes 150km uma da outra mas já começamos a construir o que chamávamos de lar, onde em seguida, pudemos morar juntinhos por mais um ano. Mudamos de casa novamente mas o lar que construímos agora mudava conosco.

E quanto mais convivíamos, mais nos acostumávamos um com o outro, ao invés de nos cansarmos, queríamos um pouco mais. Algumas vezes isso nos confundia e até nos magoávamos, como todo casal. Mas cada vez mais eu sentia que qualquer triteza que pudéssemos nos causar, para mim, era ainda menor do que a dor de pensar em estar longe dele.

Com seu pai eu me sinto muito amada e sei também que o amo demais! E amá-lo me faz me amar ainda mais e quanto mais eu me esforço para ser melhor para ele, mais eu me torno uma pessoa melhor também para mim e melhor para o mundo! Enfim, amá-lo me torna uma pessoa melhor!

E é tanta cumplicidade, tanto companheirismo e principalmente, tanto amor, que nenhum de nós dois é melhor que os dois juntos!

Quando um dia, minha filha, você se apaixonar de verdade, torço para que seu amor seja tão maravilhoso quanto o meu pelo seu pai, que ele te ame como sei que seu pai me ama e que esse amor te faça crescer como nós dois crescemos juntos.

Quando seu pai e eu nos conhecemos, com aproximadamente 20 anos, éramos dois adolescentes ainda. Nesse 9 anos de amizade, companheirismo e amor, seu pai e eu crescemos muito. Nos tornamos adultos juntos, amadurecemos juntos e na mesma medida em que crescemos, nosso amor também cresceu.

E nosso amor, que já não cabia dentro de nós, foi crescendo, crescendo tanto que (plagiando uma amiga) não coube mais em nós dois e viramos três!

E o amor do papai e da mamãe continua crescendo, junto com você! A cada US, cada chutezinho novo, nosso amor se desenvolve junto com seu corpinho ainda em formação, e nós já te amamos tanto!

Foi assim, como um prolongamento de todo esse amor, que você foi feita. É no meio de tanto amor que você é esperada e é com base no amor que temos um pelo outro, no amor tão grande que já sentimos por você, no amor pelos nossos pais e familiares, por todos os nossos semelhantes, pela natureza, pela vida e pelo mundo, que você será criada.

Com a sua existência coroando todo esse amor, posso dizer que somos uma família muito feliz!