Filhos, este diário é para vocês!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O desenrolar da nova história


Pois é, então mais um bebezinho por vir! E nossa bebê ainda tão bebê...
Por incrível que pareça, a Juju entendeu o recado! Nos dias que se passaram ela via minha barriga e já lembrava: "irmão...Bom!" fazendo alusão a uma musiquinha que ela gosta do grupo Palavra Cantada.
À medida que tudo ia se confirmando, as sensações iam aumentando... a felicidade, a preocupação, a ansiedade e principalmente os enjoos!
Nossa, como enjoei! Hoje, acho que enjoei pouco na gravidez da Juju, porque essa sim foi Punk!
Passei dias abraçada com a Celite...(marca de vaso sanitário). Tomei muito medicamento para enjoo (dos seguros para gestante lógico!) e até descobri apresentações diferentes dele. Logo eu que ODEIO tomar remédio. Mas era um custo benefício onde os benefícios nem se comparavam aos custos...
Agora, o custo maior que me aperta o coração foi que, alguns dias o enjoo era tão forte, me derrubava tanto, que eu não conseguia dar conta da Juju. Porém, até nisso houveram benefícios: Ela e o papai nunca estiveram tão próximos!
No entanto, as coisas estavam se ajeitando, eu estava me adaptando a nova situação e aos remédios, aprendendo a lidar melhor com os enjoos e dando mais atenção para a Ju. Pensava muito que não podia deixar ela sentir a gravidez como algo ruim para ela ou isso intensificaria o ciúme do irmãozinho.
Um pouco antes do natal Mateus precisou viajar a trabalho. Ficar sozinha com ela em casa era muito difícil pois por mais que eu estivesse me adaptando a dupla função, eu ainda dependia muito do apoio do paizão!
Antecipei um pouco minhas férias e fui pra Santos pra ficar com minha mãe nesse período. Aproveitaria para contar pra minha família, dividir a nova situação com eles, depois no dia que Mateus saísse de Cuiabá, pegaria um avião em SP e encontraria com ele em Belo Horizonte, de onde partiríamos juntos para Viçosa.
Contar para minha mãe dessa vez foi sem mistérios... estava tão ansiosa para dar a notícia... Ela teve a mesmíssima reação que eu! Ficou super feliz, mas ficou pensando em como seria aquilo tudo para a Juju, tão pequeninha...
Mas de certa forma, a "culpa" foi dela (rs). Quando havia ficado aqui a poucos meses, botou pilha para fazer outro logo e até ensinou a Ju a pedir irmão para avião... A gente tem que pensar bem o deseja! Rs! Ela tava querendo outro também!!!
E a ideia naquele momento ainda era não deixar a Juju se sentir de lado! Com o apoio da família era mais fácil, mas eu me desdobrava, aguentava o tranco porque ficar com ela era cada vez mais gostoso!
E assim foi em Santos, enjoo, apoio da família, mimos para a Juju e as perguntas de sempre seguidas da fatídica: "agora vai ter que desmamar a neném...."
Mas nenhum médico que consultei confirmou isso! Nem mesmo depois do susto!
Sim, o Susto!
O novo bebê deu um grande susto na gente! De Santos fui para BH, encontrar o Mateus para seguirmos pra Viçosa, estava tudo muito fácil e divertido. O avião passou por algumas turbulências mas a Ju estava se comportando direitinho...
Até que, quando o  avião pousou, senti uma água saindo de mim e molhando até as pernas... quase por impulso, levei a mão ao molhado e... sangue! Fiquei petrificada! Chamei a aeromoça, liguei o celular pra falar como Mateus. Não conseguia nem pensar mas analisando hoje, até que agi com certa calma.
A aeromoça chegou e eu avisei, estou com sangramento e estou grávida. Em seguida Mateus atendeu o telefone e aí sim, desabei. Chorando relatei: amor, acho que estou perdendo nosso bebê!
Sei que ao ouvir isso ele também deve ter se desesperado mas, não transpareceu, nem de leve (meu amor, meu porto seguro!). Falou para eu ficar calma, não sofrer por antecipação. Perguntou onde eu estava e disse que estava vindo em minha direção.
A Juju sentiu a tensão e ficou companheira! Não chorou, não fez pirraça! Estava assustada, não quis sair do meu colo mas me abraçou e ficou quietinha como que me consolando. Ao descer do avião a companhia me colocou numa cadeira de rodas (e a Ju no colo) e fui ao encontro do Mateus.
O tempo perdido na enfermaria do aeroporto foi mesmo tempo perdido! Até hoje não sei o que fui fazer lá. o pior é que mesmo qdo viram que não podiam fazer nada ficaram me segurando lá pra preencher papelada ao invés de me liberar pra poder logo ser levada pra atendimento em um Hospital.
Meu sogro já nos aguardava no aeroporto e, por indicação da Tia Dudu, seguimos para o MaterDei.
Tiro o chapéu para esse hospital! Pena que é para poucos! Nem UNIMED não aceitavam. sorte que eu tenho um outro plano que vivo dizendo que tenho q cancelar e sempre esqueço. Esse plano eles aceitavam.
Todo pronto atendimento, inclusive do SUS, tinha que ser desse jeito! É uma questão de respeito! Lógico que em alguns momentos a espera foi significativa, mas o tempo todo me senti atendida. Nunca abandonada.
Bom, voltando ao susto... A médica me atendeu e conforme eu perguntava ela já ia me preparando emocionalmente para o pior, afinal, era muito sangue. Me encaminhou para a Ultrassonografia com intuito de ver restos fetais, preparando a papelada de internação caso fosse necessária a curetagem...
Cheguei chorando na sala de espera da ultrasson . Mateus com uma carinha inconsolada, tenta ainda me consolar, diz que podemos fazer outro se for o caso, mas que não devemos sofrer por antecipação e confessa com um pacotinho na mão que já tinha até comprado um presentinho pro bebê: um macacãozinho do GALO que ele comprou enquanto meu avião pousava...
Entramos para a US e ao colocar o aparelho, SURPRESA! BOA SURPRESA! O Atleticaninho (ou não, tá papai?!) tava lá agitando perninhas e bracinhos como que acenando: Mamãe, fica calma! Estou aqui! Papai, pode me dar o presente agora?
Exames feitos, dúvidas resolvidas, aconteceu um tal de hematoma retroplacentário, depois marginal subcoriônico (não me perguntem! Preferi esquecer o que FOI isso!).
Resultado: repouso! No começo vacilei, aí deu uma agravadinha... Depois levei super a sério... da cama pro banheiro, do banheiro pra cama até pra comer ficava meio deitada...
Em Viçosa, super apoio da sogra! Mas... nessas horas, nada melhor que colo de mãe... E queria ser tratada pelo meu anjo Dr. Artur! Assim que deu, voltei pra Santos. Colo, canja, mimos de mãe e super apoio do maridão que mais do que sempre, foi também um super pai, assumiu completamente o meu papel e por alguns dias, virou" uma mãe" pra Ju.
Foram quase dois meses de repouso ao todo, mas o importante é que o susto PASSOU! Nesses dois meses fiz quase o mesmo tanto de ultrassons que na gestação da Ju inteirinha. Mas valeu a pena. Principalmente o último quando o médico disse: Olha, se eu não soubesse do histórico, eu jamais diria que tinha alguma coisa errada aqui! Seu bebê está forte, crescimento normal, tudo perfeito...
... E É MENINO!

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